O Abençoado Coxinha não tem poesia

A televisão não tem poesia.
E o Abençoado Coxinha é uma criança que foi abandonada pelos pais na frente da televisão nesses tempos bicudos pós geração Y.
Tem crianças abandonadas nas ruas vítimas da pobreza material das suas famílias.
Esse tipo de pobreza o governo tenta combater criando programas como o Fome Zero e o Bolsa Família.
O Abençoado Coxinha é contra.
Já os Abençoados Coxinhas foram crianças abandonas por seus pais dentro dos condomínios fechados ou na proteção das suas casas de classe média.
Desde a tenra infância viu na televisão a grande mídia nacional representada pela Rede Globo que detém um monopólio de 70% do mercado de publicidade brasileiro, atacar de manhã, de tarde e de noite o partido trabalhista que atrapalha os planos dos banqueiros, do grande capital especulativo internacional e da elite jegue tupiniquim.
Esse ataque diurno e noturno fortaleceu a convicção daquela pobre criança abandonada diante da televisão de que o Brasil é o Haiti, de que o Brasil é uma grande merda.
Para ferrar o PT, a grande imprensa tem que ferrar o Brasil junto, dizer que o cu do mundo é melhor que aqui.
Nesse ambiente hostil surge a cabeça sem poesia do Abençoado Coxinha.
Portanto, caros amigos navegantes e Malditos Petralhas, oremos a canção que o Cazuza escreveu em estado de transe mediúnica para os Abençoados Coxinhas.
Vamos pedir piedade, senhor piedade.
Para essa gente careta e covarde.
Pra quem não sabe amar
Fica esperando alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada.
Amém!

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