Mais filósofos e menos médicos

Não são todos os médicos que estão se queixando das medidas do governo em dar um emprego logo de saída depois do médico formado.
Ah se todas as profissões tivessem isso!
A nova medida diz que o médico das universidades públicas federais vai trabalhar por dois anos com emprego garantido com um salário de R$ 10.000,00.
Olha que maravilha!
Ahhhhhhhhhhh se essa grana fosse investida nos filósofos.
Já pensou que bom seria terminar o curso de filosofia e poder ensinar garotos de Oriximinã a vida sob a ótica de um Sócrates, Platão, Baudelaire, Malatesta, Proudhon e o escambau?
Que caboquinhos sábios teríamos.
O Brasil precisa aprender a pensar mais do que se curar de lombriga.
Se o médico está achando pouco ganhar 10 mil reais logo depois que se formar, que desista em nome de algum filosofo.
Porque essa lenda urbana mentirosa que médico estuda mais que outras profissões é a maior piada.
Conheço filósofos que leem três a quatro livros simultaneamente todos os dias.
E abrir cadáveres não é tão ruim assim.
Foda é ler Dostoievski e ver sua alma sangrar.
Dostoievski diz “Quanto mais gosto da humanidade em geral, menos aprecio as pessoas em particular, como indivíduos”.
Com médicos como esses do Conselho Federal de Medicina não dá para apreciar a classe médica, nem os médicos como indivíduos.
Aliás, medicina virou um negócio como outro qualquer e faz tempo isso.
O Brasil tem uma dívida social de 500 anos.
Desde a chegada de Cabral Um até o governo do Cabral Dois, o Brasil vem sendo explorado pelas potencias estrangeiras e por sua elite sanguessuga.
O Brasil ainda é um pais onde uma pequena elite encastelada no bem bom da Casa Grande se apodera de 80% da riqueza nacional enquanto que 90% da população tem que se matar pelos outros 20% do PIB.
Essa relação medieval tem mudado aceleradamente com o governo Lula/Dilma.
A mortalidade infantil foi reduzida dramaticamente depois da implementação de projetos de transferência de renda como o Bolsa Família. A mal falada Bolsa Família livrou da morte certa 22 milhões de brasileiros.
Esses brasileiros precisam comer e pensar.
Eles precisam de filósofos e não de médicos.

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