Aprisionado em tuas teias

O amor é uma prisão.
Pode ser dourada, pode ser cinco estrelas ou pode ser o maior bode preto.
De toda forma seja que forma for, porque o amor tem todas as formas imagináveis, ele sempre vai ser uma prisão.
O amor é o contraponto da liberdade que toda alma tem assim que começa a se entender como alma.
A liberdade é a única coisa única que a alma humana tem em seu poder.
O resto é tudo penduricalho.
É tudo prisão.
E nessa prisão sobrevive quem tem a facilidade de ser pragmático.
Oh palavra da moda horrorosa.
Mas é assim.
É como na prisão real, onde o chefe da cadeia quase sempre é um cara franzino a quem os marrudos obedecem.
É a tal da mente pragmática que acaba imperando no terremoto das paixões.
O amor te aprisiona e só o que dá pra fazer é relaxar e gozar.
Que nem em estupro inevitável.
Melhor não rebolar se não o estuprador vai suspeitar que você está gostando.
Por isso em toda separação o que dá raiva de lembrar não é essa prisão nem os defeitos da pessoa amada.
O que dá raiva são os dias de banho de sol, o abraço protetor e o calor que só aquela alma pode dar.
E essa saudade da prisão é o nosso maior dilema.
Nossa esquizofrenia.
O que vou fazer com a porra dessa liberdade?
O que é liberdade?
Liberdade é um estágio imaginário a beira de um abismo que te chama pra dentro dele.
Liberdade dá vertigem e as teias dão claustrofobia.
Ferrou!

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