Ladrão que rouba ladrão não desce pro play

Um arrombador a moda antiga andava atuando pelo centro antigo de Manaus, assaltando lojas pelo telhado com a ajuda de pé de cabra e até "Makita", uma marca de maquina de corte elétrica que corta ferro e etc.
Esse tipo de ladrão está em extinção, eles fazem parte do nosso imaginário e tem até uma certa poesia, romantismo e encanto de tão extintos que estão.
Dá saudade desse tipo de bandido.
Esses não usavam da violência física, só da artimanha de entrar nas lojas e casas como o Homem Aranha, pelas paredes e telhados parecendo mais super-heróis que ladrões.
Cassio, o ladrão intrépido sem trupe, foi preso com um milhão e quatrocentos reais em dinheiro e confessou a policia de onde roubou a fortuna.
Não foi de um banco, não foi de uma joalheria, de um supermercado ou da casa de um politico.
Foi de uma pequena livraria evangélica do centro de Manaus.
A tradicional Livraria Lira.
Pombas... que povo culto para gostar de ler assim lá na casa do Senhor Jesus Cristinho São Romão Batista, como diria o Zeca Diabo.
Para acumular um valor desses, a livraria deve vender mais livros que mandioca no beiradão, como diz o caboco.
Levantando-se suposições sobre a fortuna encontrada em um cofre de uma pequena livraria evangélica por um ladrão a moda antiga, a gente pode ir seguindo diversos tipos de raciocínios.
Vá ver o dono guarda o dinheiro da venda da loja no cofre desde que a loja existe.
Talvez ele guarde esse dinheiro para dar tudo de uma vez como dizimo para Cristo, quem sabe os pagamentos são a vista.
Ou ainda pode ser que ele esteja guardando essa babita toda para algum pastor amigo.
Ou talvez sendo ano de eleição, essa grana vá para a campanha dos irmãos em cristo que estão doidinhos para comandar o Brasil e transformar a pátria mãe gentil em uma republica evangélica transformando igrejas em partidos que não pagam impostos nem obedecem a legislação eleitoral fazendo campanha o ano todo, uma verdadeira mamata.
Pode ser dinheiro para a revolução evangélica que se aproxima.
O Cassio só conseguiu gastar uns míseros trocados desse dindin todo, coitado.
A policia prendeu antes.
E agora dorme apavorado no xilindró carregando a culpa de ter roubado dinheiro de Deus.
Está morrendo de medo de ir para o inferno e encontrar os pastores por lá.
Doidos para esfolar ele.
Isso no caso do inferno existir.
Pela quantia roubada em um cofre de uma pequena livraria evangélica, um terreno no céu deve estar mais caro que apartamento na Ponta Negra.
E lá não tem esse papo de Minha Casa Minha Vida.
É tudo em cache e a vista, fio.
Dá não, mano véio!

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