Quando o barezinho esquece que é anfíbio

Os rios da Amazônia sobem e descem todo ano há mais de 11,8 milhões anos, desde o período chamado pelos geólogos de Mioceno Médio (Na África, nessa época, o gênero humano nem existia).
Desde que os ancestrais dos barezinhos chegaram na Amazônia saindo da Ásia pelas Ilhas Aleutas descendo pelo Alasca até chegar ao Encontro das Águas, que o Rio Amazonas assim como o Rio Negro e todos os rios da Amazônia sobem e descem.
Ou seja.
Além de mamíferos, somos anfíbios.
A não ser meia dúzia de ambientalistas criados em cativeiro ou alguma biba antropóloga que insiste em impressionar seus amigos gringos, ninguém mais quer voltar para a taba.
Nós deixamos a taba e viramos mamelucos.
Mamelucos mamíferos anfíbios.
Alguns mais outros menos.
Nesse intervalo entre deixar a taba e virar branco na nossa mameluquice moramos em cidades que são arremedos de cidades.
Cidades construídas entre a mata e o rio.
Quem está na parte baixa da pirâmide social dessa sociedade desigual mameluca mamífera anfíbia, mora em beiradas de igarapés poluídos subproduto dessa cidade desigual, desumana e boçal.
Essas construções nem de palafitas podem ser chamadas.
Elas são como pus, uma excrecência da cidade esgoto.
Esses seres mamelucos mamíferos anfíbios estão virando gabirus.
Ratos grandes.
Ratos d’água.
Vivendo em tocas sujas como as dos ratos.
Enquanto isso os condomínios na faixa da terra mais elevada que tenta fingir que esse caos não existe continua a eleger o mesmo grupo vampiro mamífero que se alimenta do voto desses ratos.
A beleza da enchente é inegável.
A natureza na sua exuberância é como uma bela mulher grávida.
Que não sabe quem é o pai da criança.

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