A nova literatura dos blogs sujos


Thomas Pettitt tem provocado polemicas no meio acadêmico afirmando que a humanidade está voltando à cultura de transmissão oral da informação e do conhecimento, tornando a época da imprensa escrita de Gutenberg apenas um parêntese na história. Ele construiu a "Teoria do Parêntese de Gutenberg" para analisar uma época entre a invenção da imprensa por Gutenberg até os dias atuais com a invenção das mídias eletrônicas e das redes sociais.
Segundo ele a era digital derruba as barreiras entre imprensa tradicional e novas mídias.
A sobrevivência dos meios de comunicação tradicionais vai depender única e exclusivamente da sua credibilidade.
A internet revolucionou os costumes e a literatura não podia ficar de fora dessa revolução, assim como a musica e outras atividades da vida.
Fazer literatura antes da internet e dos blogs era para poucos.
Principalmente pela dificuldade de publicação, veiculação e os custos envolvidos.
As editoras seletivas e aprisionadoras do conhecimento literário quase inviabilizavam a publicação de livros.
A parte do lobo era e ainda é das editoras.
Assim como no mercado fonográfico.
Quem ganha grana com disco é o dono da empresa fonográfica.
Ao artista sobra fazer shows para ganhar o seu.
A expansão da produção literária através dos blogs incentiva um numero maior de pessoas a escrever e publicar.
Mas isso não diminui a qualidade da literatura como dizem alguns “eruditos” que se acham donos da verdade literária.
Na verdade o volume maior de pessoas escrevendo faz com que apareça uma grande variedade de formas de se fazer literatura.
E de forma independente, sem o crivo e o senso dos ”eruditos” que fazem parte do mercado editorial tradicional que lucra muito com esse elitismo literário.
Afinal, concorrência nunca é bom para quem está acostumado a lucrar horrores em um mercado monopolista.
Em Manaus só tem uma editora de peso especializada em publicar autores locais.
Publicando autores travados no parnasianismo, parados no tempo literário que odeiam o novo.
E trabalha de forma seletiva, elitista e extorsiva.
O autor sempre se ferra.
Melhor ser Independente Futebol Clube.
Viva o anarquismo literário da internet!

Comentários

Rikey disse…
Temática plausível! Afora hackers e um político oligofrênico que insiste em obstruir a democracia na internet, praticamente é uma ferramenta que proporciona um espaço + livre. Pertinente à analogia das produções locais com uma elite parnasiana, cujo desfecho é coroado num clube de academia de letras apagadas e ciência ocultas na Amazônia.

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