A prisão dentro do feudo facebookiano


O Facebook é uma plataforma fechada em si mesma e foi criada para ser isso.
O Facebook funciona como um feudo dentro da internet.
Fechado em suas muralhas.
Nem o Google consegue penetrar com seu sistema de buscas as muralhas feudais do Facebook.
Mas o Google também é assim.
Dependemos do Google para tudo na internet.
Hoje não se vive sem o Google na rede.
Ou seja.
Temos dois feudos que construíram sistemas de internets paralelas.
São internets dentro da internet.
Tudo dentro do Facebook tem a cara dele, limpo, organizado, fechado e protegido daquele mundo caótico lá fora.
Ao mesmo tempo que cria uma camada na internet, busca replicar uma versão selecionada do mundo lá dentro e aprisiona nossas vidas dentro dele e deixa de ser um retrato da atividade recente e vira história de vida.
Um histórico de quem somos mas também de quem fomos.
Quase um ensaio de biografia, com o registro não apenas daquilo que fizemos dentro do Facebook mas também do que pinçamos no resto da rede.
Contamos nossa história através da rede e a apresentamos para os amigos o que fizemos nela.
A utilização dessas informações é que fogem ao nosso controle.
Qualquer um pode fazer uso delas.
Desde pessoas curiosas do cotidiano, passando por corporações interessadas em perfis profissionais até sistemas de segurança de governos.
A armadilha em que a internet nos coloca, as muralhas nas quais ela nos prende funcionam como um oceano de comodidade sem as quais não nos imaginamos sem, nos dias de hoje.
As pessoas estão trocando suas realidades pela preguiçosa experiência de viver na segurança do feudo facebookiano.
Criamos verdadeiros sistemas e laços afetivos dentro desse ambiente virtual.
Vendo o filme “Inception” ou “A origem” ultimo filme do Leonardo DiCaprio que fala de realidades virtuais, de sonhos dentro de sonhos, onde a noção de realidade se perde, as muralhas facebookianas para alguns podem ser uma proteção e também uma prisão.
A realidade ainda parece ser bem melhor.
Nada como um bom por do sol ardido batendo na cara da gente enquanto apertamos a mão de verdade, da pessoa que a gente ama.
Brinquedos são feitos para brincar.
Só.

Comentários

Rodrigo Sampaio disse…
Cara...a "origem" fala do inconsciente humano e não do interesse pelo facebook por parte dos seus usuários.

Não misturemos as bolas...

Se quiser assistir algo legal sobre realidades virtuais, assista "Sala de Bate Papo".

Acho que o tema seria mais produtivo se você focasse nos motivos que fazem o ser humano gostar do facebook, gostar da tecnologia e da web.

Fora isso, é chover no molhado. Colocando seu ponto de vista, com certeza, avesso ao comportamento da moçada dentro da web.

Abraços

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