O Tiririca cala a boca do preconceito de classe


Independentemente da opinião que cada um tenha sobre quem pode ou não ser votado ou votar em uma democracia, o Tiririca sofre uma forma de preconceito atroz e covarde.
O fato de ser nordestino, pobre, imigrante que chegou em São Paulo e venceu mesmo com tudo jogando contra, esse pobre diabo se mete a ser político.
A campanha esculachada dele que começou até como gozação e acabou tomando corpo ajudou a municiar o preconceito que recai sobre ele.
Sobra pra ele também a associação ao Lula.
O mesmo tipo de gente que tem preconceito de classe com relação ao Lula, agride a existência do Tiririca associando ao Lula.
Só que essa cambada de preconceituosos não se lembra que os dois são vencedores.
Os dois chegaram lá mesmo vindo da classe mais baixa da cruel pirâmide social brasileira.
Que agora está sendo modificada graças aos oito anos de governo de um nordestino pobre.
A história sempre segue.
Agora o Tiririca, o analfabeto, propõe dois projetos para educação considerados muito bons.
O Vale-Livro e o Programa Bolsa Alfabetização.
Ele explica.
"Ao instituir o Vale-Livro, estamos criando uma nova cultura literária nas escolas e na sociedade, na medida em que o aluno, através de seu gosto e aptidão, vai poder escolher os livros de seu interesse e adquirílos, poderá levá-los para sua residência, formar sua pequena biblioteca pessoal, além de emprestá-los a seus familiares e amigos. Assim, a leitura deixa de ser uma mera obrigação escolar para se tornar um prazer, pois o aluno escolhe aquilo que realmente quer ler", justifica Tiririca no texto apresentado.
Já o Programa Bolsa Alfabetização seria um plano de incentivo financeiro, que será fixado no valor mínimo de R$ 545, para cada adulto com idade superior a 18 anos que cumprir, com frequência escolar superior a 85%, programa de alfabetização, durante o período de seis meses.
Durante a campanha, a revista "Época" publicou uma reportagem em que falava das suspeitas de que Tiririca seria analfabeto.
Depois da denúncia,Tiririca teve que fazer um teste para provar que sabia ler e escrever.
O Brasil precisa mudar até os paradigmas dos seus próprios preconceitos.
Até para ser preconceituoso o idiota precisa ter mais imaginação.
O preconceito contra o Tiririca não é por ele ser nordestino, pobre, artista de circo, um vencedor em uma terra que despreza nordestinos, não é pelo fato de ele ter se candidatado e ser o deputado federal mais votado de todos os tempos.
O preconceito contra ele é o mesmo dirigido ao Lula.
É contra toda uma classe social.
É o preconceito mais chifrim de todos.
O preconceito de classe.

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