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O amor não precisa de consolo

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O amor é cego, Ray Charles é cego, Steve Wonder é cego e o albino Hermeto não enxerga mesmo muito bem, mas não dá pra fingir não ver um consolo daquele tamanho. Quando meu amor voltou de viagem veio trazendo na bagagem a novidade. Havia comprado um vibrador, um sonho de consumo antigo, travado na ideologia, no falso pudor ou na vergonha de encarar o balconista do sex shop. Tanto tempo de sonho adiado contribuiu para que ele se transformasse em um desejo reprimido, e quando se manifestou veio como a força de água represada. Quando meu benzinho resolveu me mostrar o treco, me deu uma sensação de impotência. Ela passou quase uns cinco segundos para conseguir tirar todo “ele” da sacola. Ela puxava e não parava de sair. A porra tinha o tamanho de uma bisnaga que francês adora carregar embaixo do sovaco. A louca aloprou dessa vez. O consolo devia ter uns trinta centímetros. Depois da sensação de impotência veio uma ponta de raiva originada no ciúme e no complexo do pau pequeno que acompanha