O escudo conveniente das pseudos minorias.


O caso do casal de militares gays que virou manchete dos jornais e televisão do Brasil e do mundo, acusando o exercito de perseguição por causa da condição de homossexuais assumidos, já que os dois sargentos mantém uma união estável a 10 anos, pode ser um caso clássico de uso da condição de “minoria perseguida”, para burlar a lei que deve ser igual para todos. A versão do exercito é que os dois deixaram de comparecer ao serviço militar durante um mês, justificando “doença dupla”, ou seja, os dois ficavam doentes ao mesmo tempo e levavam atestados médicos civis, mesmo sabendo que nas forças armadas só vale atestado se for de médico militar. O fato que um dos sargentos, a esposa, acho, faz cover da Cássia Eller na noite de sampa e o outro, o marido, creio, ia para aplaudir, muito provavelmente varavam a noite e não dava para acordar a tempo de ir pro trabalho. O exército fez o que faz com todos que faltam tanto tempo sem justificativa. Processou por deserção. Ai baixou o velho escudo da “minoria”. Ai aparece a jornalista amiga, senador Suplicy, deputado Gabeira, arrivistas de plantão, doidos pra aparecer na tv, todos posando de defensores das bibas.
Negros, índios, judeus, mulheres, gays, bagres migratórios, araras azul, espécies em extinção, todos tem usado esse discurso de minoria oprimida para ser tratado como um objeto acima da lei. Existem os mortais que pagam impostos e gastam gasolina com seus carros populares e trabalham em ONGS pra poder ter ar-condicionado nas suas casas classe média, comer grão de bico e fazer suas farras no final de semana, que tem que obedecer a lei que proíbe uso de maconha, de defensivos agrícolas, do beijo nos lugares públicos e fumar cigarro careta em todos os lugares, e existem indivíduos dessas categorias “minoritárias”, que simplesmente acham que podem tirar vantagens usando esse discurso manjado. Se um garçom desavisado pedir para um casal gay apagar o cigarro em um restaurante qualquer onde seja proibido fumar, eles vão alegar a quinta emenda da constituição americana “com biba não se mexe, é preconceito”. O caso dos índios que atacaram covardemente o engenheiro com facão, não muda o fato de o cara ser engenheiro de uma empresa vista pelos índios como inimiga, não muda o fato do facão ser uma arma sim e que foram pessoas do CIMI que deram as armas e não muda o fato de que aquele grupo de índios foi covarde e se comportaram como assassinos em potencial. Foi tentativa de homicídio. A lei tem que ser para todos ou para ninguém.
Estou montando uma ONG para proteger os “Sem Abrigo da Lei Adoradores de Mulher sem Calcinha”.
Se não colar vou me inscrever em alguma “minoria” dessas.

Essa crônica é publicada em jornais de quinta e no blog http://cronicabipolar.blogspot.com/

Texto de Jorge Laborda

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quem diria, a Sandy gosta de sexo anal

Clodovil e o mito dos dois caixões

Deputada Mirian Rios quer proibir o sexo anal... dos outros.